É simples de entender: o conhecimento amplia a beleza e o valor das coisas. Uma flor, além do que vemos em cor, forma e delicadeza, é a sede de muitos acontecimentos e fenômenos, que aos olhos não estão acessíveis.

Na flor, milhares e milhares de células realizam milhões de reações, transformam substâncias, anunciam a passagem das estações, revelam suas estratégias de reprodução, comunicam ao longe seus convites…

Este é o papel do Ensino de Ciências: ampliar a visão de mundo. A Ciência torna o comum, único, e ao mesmo tempo múltiplo; o simples em complexo, e este olhar profundo nos dá um sentido da grandiosidade do mundo.

Quem conhece a vida assim, em tantas dimensões, sabe que é apenas uma pequena peça no super-organismo que é o planeta Terra, mas não se sente diminuído por isso.

Ao mesmo tempo se sente elevado pois pode fazer escolhas mais acertadas, não se sente à parte das coisas pois compreende, ou procura compreender, o vínculo que existe entre todas as coisas. E isto é extremamente favorável ao futuro da nossa espécie.

A capacidade de buscar respostas, de compreender para além do que se vê, favorece a formação de um sujeito, poeta, advogado, engenheiro, artista, doula, bombeiro, que procurará sempre ser mais humanamente eficiente.

Favorecer a formação de um espírito científico é a tarefa mais notória para uma guinada da nossa espécie na direção de uma vida plena na comunidade planetária de Gaia, onde vivemos e viveremos.